Os reflexos da crise provocada pelo novo Coronavírus ainda estão sendo mapeados, porém já é fato que o cenário social foi alterado profundamente desde o início da disseminação do vírus. Em todo o mundo, a atividade econômica foi bastante afetada, seja pelo lado da oferta, seja pelo lado da demanda, em função das medidas voltadas ao isolamento social – necessárias para combate à disseminação da doença. Considerando tais circunstâncias, profissionais da área de investimentos precisam redobrar a atenção para enfrentar a instabilidade do mercado financeiro e buscar novas estratégias para contornar a situação.
Buscando minimizar os impactos da crise, a Fundação tem trabalhado para cuidar ainda mais do patrimônio dos Participantes. “Uma das principais medidas adotadas para enfrentar esse período de pandemia foi cautela no nosso posicionamento”, afirma Ricardo Gonçalves, gerente de Investimentos da PrevNordeste.
“Optamos por acompanhar a repercussão gerada pela doença. Como não sabemos o que está por vir, mantivemos nossos recursos alocados em fundos de renda fixa e, dentro desse segmento, promovemos estudos para maximizar os rendimentos dela”, explica Gonçalves.
Assista abaixo a entrevista completa com o gerente de Investimentos da PrevNordeste
Desafios
De acordo com o diretor de Investimentos da PrevNordeste, Cláudio Mello, os desdobramentos da pandemia serão ainda mais profundos e duradouros do que o inicialmente imaginado. “O horizonte atual é de muita incerteza. Trata-se de uma crise diferente daquelas que o mundo lidou anteriormente. É interessante notar, por outro lado, que os preços dos ativos, em geral, têm passado por uma rápida recuperação”, aponta.
O Diretor considera que “esta situação, muito provavelmente, encontra explicação em uma queda exagerada que ocorreu ao final de fevereiro (e mais aguda ainda em março), ou ainda pelo excesso de liquidez nesses mercados, fruto dos incentivos financeiros e fiscais que têm acontecido em quase todas as economias ao redor do mundo”.
Para acompanhar de perto as mudanças da conjuntura econômica atual, a Entidade intensificou os estudos, as análises e reuniões sobre os impactos da pandemia. O Comitê de Investimentos passou a se reunir quinzenalmente e as discussões acerca de alternativas para suavizar as consequências da crise se tornaram ainda mais frequentes.
“O que desejamos, em primeiro lugar, é aumentar a performance dos nossos investimentos, sem abrir mão da segurança. Um caminho que vislumbramos é começar a alocar algum percentual do patrimônio em renda variável, mas isso ainda depende de alguns estudos e ferramentas”, destaca Cláudio Mello.
Ainda segundo o Diretor, outras medidas consideradas são a obtenção do selo de Autorregulação em Investimentos da ABRAPP (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar) e a implantação de perfis de investimentos para os Participantes.
Sobre a PrevNordeste
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